Eu tinha um amigo,
Assim tão chato,
indiscutivelmente sem graça e feio,
Meio cismado com meu jeito calado,
de olhar para ele,
Meio desconfiado de
minha insegurança a seu lado,
Que dava em mim
um aperto no peito,
vê-lo neste estado
de quem não confia.
Eu fazia tudo por ele, que tinha medo de mim,
por eu ser muito notado, sempre pelo motivo errado
de ter um carro, um trocado, olho claro e manias
Há dias que penso nele,
daquele jeito sem jeito,
naquela rua sem saída
que era a nossa vida
Há dias que sinto no vago silêncio da casa,
uma agonia que vaza do coração,
porque não estou com ele,
num papo sem maldade,
assunto pequeno e desarrumado , sem ensinamento nenhum,
um momento quase parado, chato, bem chateado.
Eu nem era amigo dele,
eu nem tinha reparado
ele ser mais feliz que eu,
porque estava ao meu lado.
Eu sumi no mundo, que me valeu imundo e nada valeu,
ele andou por cima d'água ,
Levitou no ar parado,
sumiu no vento, ninguém viu,
ninguém deve ter notado...
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